segunda-feira, 25 de maio de 2009

Hotspots




O termo hotspots, pontos quentes, é empregado em diversas áreas do conhecimento, por exemplo, em genética são locais nos genes nos quais mutações ocorrem com uma freqüência excepcionalmente alta, em geociências indicam locais do manto terrestre onde existe uma anomalia térmica relacionadas ao magma, que seria a polpa da Terra que vaza na crosta em forma de lava pelos vulcões. Um dos maiores dilemas dos conservacionistas é saber quais são as áreas mais importantes para preservar a biodiversidade na Terra. Para tentar resolver esse problema o ecólogo inglês Norman Myers criou em 1988 o conceito dos hotspots, que estabeleceu 10 áreas críticas para a preservação em florestas tropicais. Entre essas áreas estão os Andes tropicais, Madagascar e a Mata Atlântica. Em 1996, o primatólogo norte-americano, Russell Mittermeier, presidente da ONG (organização não governamental) Conservation International, liderou um estudo que aperfeiçoou a teoria inicial de Myers e identificou 17 hotspots. Três anos depois, com a contribuição de mais de 100 pesquisadores, foi ampliado para 25 o número de hotspots. Em fevereiro de 2004 a Conservation International ampliou para 34, as regiões consideradas hotspots.




Mata Atlântica


Biodiversidade Hotspots

Os lugares de grande riqueza biológica e mais ameaçados da Terra , os hotspots, são áreas com alto grau de endemismo abrigando muitas espécies que não são encontradas em nenhum outro lugar. A Conservation International (CI) identifica 34 hotspots por todo o mundo onde 75 por cento dos mamíferos, aves e anfíbios mais ameaçados do planeta, sobrevivem dentro de um habitat cobrindo apenas 2.3 porcento da face da Terra. Dos seis biomas brasileiros, a Mata Atlântica e o Cerrado estão inscritos na CI - lista de biodiversidade dos Hotspots. Com mais de 20.000 plantas (8.000 endêmicas) e 2.300 animais (725 endêmicas), a Mata Atlântica é considerado um dos Top 5 hotspots de biodiversidade no mundo. A densidade de biodiversidade neste bioma é particularmente impressionante. O biomapa da Universidade de Bonn de 1999 indica a ocorrência de mais que 5.000 plantas vasculares em uma área de 10.000 km2 das florestas tropicais no Sudeste do Brasil. Segundo a UNEP - WCMC, mais que 450 espécies de plantas lenhosas podem ser encontrados em só um hectare de Mata Atlântica nas chamadas Reseras do Sudeste (maior que na Amazônia).

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